Argumenta(-te)
Mal ele sabia o que lhe esperava. Pegando numa caneta a escrever sem rumo num pequeno barco perdido num mar de possibilidades.
O seu máximo interesse é o conhecimento, a sua razão de viver reside num sonho de perfeição em que o que o faz mover é a sua constante busca pela identidade.
Onde esta a tua identidade? Já estará contigo, alguma vez estará contigo, será possível perde-la?
o que te identificas faz parte da tua identidade? Ou será que a tua identidade é que vai assimilando e apoderando ao que te identificas...
Se não tiveres nada para além da tua mente para com te identificares será que tens identidade?
E se tiveres demais para te identificares e não tiveres a tua mente para o transformar em algo que faça parte da tua identidade, o que tens?
Se alguém te perguntar :"Tens identidade? Onde está a tua identidade?", O que respondes? Dizes que está num objecto, numa atitude?
Dizes que está na tua mente?
A tua mente para criar algo tem que experimentar, se experimenta e gosta identifica-se. Se nunca tiveres experimentado, e indo mais longe, nem saber da sua existência, o que é que tens? Nada?
Como é que sabes se gostas de algo sem nunca o teres experimentado?
GustavoMoreira@(DireitosdeAutor)
Quem me garante que, para além do meu mundo, existe outro? Eu tenho as minhas ideias, as minhas opiniões fixas, os meus ideais de vida, mas, será que fazem sentido? Será que é possível concretizar tudo isto num mundo fora de mim? Hoje está frio. E chove. Eu sinto o frio e ouço a chuva através da janela, mas, será que tu também ouves? A senhora que apresenta o noticiário, será que ela também sente o mesmo frio que eu? Será que o meu perfume preferido é tão intenso para aquele rapaz que vi no centro comercial como para mim? São respostas que nunca ninguém conseguiu apanhar na corrente marítima; são daquelas respostas que desaparecem com a força de uma maré alta ou de uma agitação marítima. Quanto à minha existência como pessoa, argumento-me com uma frase do nosso célebre Descartes: “eu penso, logo, existo”. Tenho a vantagem de existir ao pensar, já não é mau. Mas, será que existo para o mundo ou só existirei para mim mesma? Como referi anteriormente, a senhora que apresenta o noticiário jamais me conhecerá, visto que estou tão longe dela e nunca nos vimos; isso é normal. Mas, deixando as teorias básicas, será que ela sente como eu? Eu sei, eu sei, está provado que ninguém tem um cérebro igual e que os nossos cérebros são moldados de acordo com as nossas experiências de vida, mas quem me garante que não há outra pessoa com as mesmas vivências que eu? Chamar-lhe-iam “coincidência”, não era? Pois eu não sei o que lhe chamar; apenas sei que ficarei sempre na dúvida se alguém pensará ou sentirá como eu, nem que seja apenas por uma única vez. Como será compreender o que uma pessoa sente sem essa pessoa ter de arranjar palavras que expressem (de uma maneira muito fraca) o que sente? Ser-me-ia bastante fácil olhar para ti e compreender logo o que sentes; se gostarias do meu perfume como eu gosto e se sentirias o frio que eu sinto. Na minha opinião, a magia do ser humano é precisamente a de não nos compreendermos facilmente e de nunca sabermos o que vai acontecer. Como ocuparia o meu tempo? Afinal de contas, perder tempo a pensar se o rapaz do centro comercial acharia o perfume intenso, faria com que eu lhe desse importância e faria, de certo modo, com que eu achasse alguma magia nesse pensamento. Se soubesse a resposta assim que visse o rapaz, não teria piada nenhuma. Interessar-me-á se o mundo exterior a mim existe? Na verdade, eu acho que não. Eu não perco tempo a pensar de que forma tu sentes a música ou de que jeito tu ouves a chuva à janela. Eu perco muito mais tempo a organizar os meus objectivos e a tentar realizá-los de qualquer forma. Não quero saber se existo ou se apenas penso, pois é-me muito mais saudável e gratificante pensar do que existir para um mundo que, afinal de contas, é exterior a mim e me é completamente desconhecido. Mas lá no fundo, eu acho que tu existes. E sabes? Eu também; nem que seja só na minha mente.
DanielaPeralta.
DanielaPeralta.
O mundo é uma máquina maravilhosa que governa a nossa vida através do modo de viver "causa/efeito". Todas as nossas acções são amassadas até que levam a certas reacções que criam situações.
É bem bonito pensar que o bater das asas de uma borboleta inicia um efeito dominó que a todos nós proporciona algo como conhecer alguém, provar algo, ir a algum lado... Qualquer nossa atitude tem uma repercussão que mais tarde ou mais cedo nos irá afectar.
Pensar no "o quê" que nos trouxe ao momento que nos encontramos é pior que andar a caça dos gambozinos mas não pensar que as nossas acções não nos presseguirão no futuro é o mesmo que viver sem olhar para o calendário.
Sei que vou encontrar alguém
não sei quando
não sei onde
não sei quem.
Vou viajar, falar, comer e conviver
vou estar fora daqui
quando encontrar alguém.
Não vou olhar pró relogio
não vou estar atrasado ou adiantado
vou estar a horas
na hora H
não sei quando.
Quando estiver a saborear um bom café
num bom passeio
descansando
não sei quem, não sei onde, não sei quando
vou encontrar alguém
que me fará pensar de quem
me fará lembrar
outrem,
não sei onde, não sei quando, não sei quem.
Vou seguir o meu caminho
possivelmente sozinho
pelas ruas, ruelas, vales e montanhas
sempre vendo caras estranhas
partilhando vida
não sei onde, não sei quando, não sei quem
simples mente não sei
e não sabendo vou encontrar alguém
não sei onde, não sei quando, não sei quem.
GustavoMoreira@(DireitosDeAutor)
É bem bonito pensar que o bater das asas de uma borboleta inicia um efeito dominó que a todos nós proporciona algo como conhecer alguém, provar algo, ir a algum lado... Qualquer nossa atitude tem uma repercussão que mais tarde ou mais cedo nos irá afectar.
Pensar no "o quê" que nos trouxe ao momento que nos encontramos é pior que andar a caça dos gambozinos mas não pensar que as nossas acções não nos presseguirão no futuro é o mesmo que viver sem olhar para o calendário.
Sei que vou encontrar alguém
não sei quando
não sei onde
não sei quem.
Vou viajar, falar, comer e conviver
vou estar fora daqui
quando encontrar alguém.
Não vou olhar pró relogio
não vou estar atrasado ou adiantado
vou estar a horas
na hora H
não sei quando.
Quando estiver a saborear um bom café
num bom passeio
descansando
não sei quem, não sei onde, não sei quando
vou encontrar alguém
que me fará pensar de quem
me fará lembrar
outrem,
não sei onde, não sei quando, não sei quem.
Vou seguir o meu caminho
possivelmente sozinho
pelas ruas, ruelas, vales e montanhas
sempre vendo caras estranhas
partilhando vida
não sei onde, não sei quando, não sei quem
simples mente não sei
e não sabendo vou encontrar alguém
não sei onde, não sei quando, não sei quem.
GustavoMoreira@(DireitosDeAutor)
A amizade é algo que eu ainda não consegui definir no meu dicionário pessoal. Quando me pedes para falar sobre este tema, eu sinto-me na corda bamba porque, na realidade, a amizade sabe-me a café; resta-me saber se é a café amargo, se a café doce. Daí a minha falta de argumentação, meu caro. Contudo, em dias cor-de-rosa, a amizade cheira-me a pipocas. Já num dia mais realista, a amizade parece-me forrada a papel de jornal, sabes? Daqueles forros que, quando chove, o papel de jornal enfraquece e rasga.
DanielaPeralta
DanielaPeralta
Talvez a amizade.
O humano é basico
e facilita
vacila
quando menos pensa
quando menos sente a tensa
que leva ao limite
rebenta e pensa:
para além
de qualquer quem
que esteja ao pé de ti
falando, bebendo, fumando
para além do carma.
Fora de qualquer estalo
e abrigo
em que resido
tendo aquele grande amigo.
O que dizes à cerca de uma sincera amizade?
GustavoMoreira@(Direitos de Autor)
O humano é basico
e facilita
vacila
quando menos pensa
quando menos sente a tensa
que leva ao limite
rebenta e pensa:
para além
de qualquer quem
que esteja ao pé de ti
falando, bebendo, fumando
para além do carma.
Fora de qualquer estalo
e abrigo
em que resido
tendo aquele grande amigo.
O que dizes à cerca de uma sincera amizade?
GustavoMoreira@(Direitos de Autor)
A sociedade, a meu ver, tem entrado em degradação. Até aqui, todos eram felizes com o seu espaço. Os mais abastados eram felizes nos seus grandes palacetes, iam de descapotável para as suas grandes empresas e os filhotes ficavam nos colégios mais prestigiados durante todo o dia. À noite, viam os seus programas favoritos no plasma e ao fim de semana, quando estava bom tempo, iam para o Algarve dar um chamado de «modesto» passeio. Os não tão abastados, porém, eram felizes com as suas casas granditas, iam de automóvel para os seus importantes empregos e os respectivos filhos ficavam no liceu público. À noite, chegavam a casa, jantavam e viam televisão até ser hora de ir para a cama. Nos dias de hoje, apenas te sobram duas hipóteses: os ricos, que são felizes e os pobres que sonham o dia todo. Caracterizar os pobres é fácil: pensam o dia inteiro se vão conseguir emprego no próximo jornal que conseguirem comprar com as pequenas poupanças, jantam latas de atum que já estão contadas até ao final da semana desde que entraram para a despensa e, antes de dormirem, ligam a televisão para assistirem à vida dos ricos. De manhã, esperam pelo autocarro na paragem mais próxima ou esperam pelo vizinho com bom coração que lhes vai dar boleia, levam as crianças ao infantário e prometem à auxiliar que ainda esta semana pagam as mensalidades que têm em atraso. A sociedade não me satura porque, como tentei demonstrar, ela não é muito linear. A sociedade indigna-me porque, tal como referi acima, é demasiado incoerente.
DanielaPeralta
DanielaPeralta
Numa sociadade é claro que se venham a formar grupos com consensos ideais. Dai partem e são formados partidos. OK mas a partir de um certo ponto as pessoas tornam-se idealistas, com as suas ideias utópicas de comunidades impossiveis de realizar, com modelos economicos insustentaveis em relação á liberdade que uma pessoa tem com o seu capital, com a ideia de igualdade, tudo e mais alguma coisa se torna instantaneamente limitado, visto que toda a gente tem que ter o mesmo tratamento, possuir as mesmas coisas.
Será um pensamento destes correcto?
Então vamos lá ver, tambem existe o exactamente oposto, isso é visivel nos paises em desenvolvimento em que a classe media é praticamente inexistente e apenas a classe baixa e a alta proliferam, isso é devido á demasiada liberdade... Ora se só apenas o branco e o preto existissem o coitado disto tudo seria o cinzento. Daqui surgem conflitos à escala mundial em que a única coisas que se consegue fazer bem é a morte visto que já são assuntos que perduram e perdurarão pela historia fora, infelizmente tão cedo nada estará resolvido.
GustavoMoreira@(Direitos de Autor)
Será um pensamento destes correcto?
Então vamos lá ver, tambem existe o exactamente oposto, isso é visivel nos paises em desenvolvimento em que a classe media é praticamente inexistente e apenas a classe baixa e a alta proliferam, isso é devido á demasiada liberdade... Ora se só apenas o branco e o preto existissem o coitado disto tudo seria o cinzento. Daqui surgem conflitos à escala mundial em que a única coisas que se consegue fazer bem é a morte visto que já são assuntos que perduram e perdurarão pela historia fora, infelizmente tão cedo nada estará resolvido.
GustavoMoreira@(Direitos de Autor)
Para mim a generosidade não existe. Talvez seja demasiado extremista ao dizê-lo, mas eu creio (quase) literalmente nisso. A meu ver, tudo o que fazemos tem o propósito de nos honrar. Pretendemos sempre algo em troca. Fazes um elogio, esperas um agradecimento. Participas num concurso, esperas a vitória. Ganhas um prémio, esperas uma calorosa valorização. Ajudas um idoso a procurar o preço do produto que pretende no supermercado, esperas o bem-estar interior que normalmente sentimos após dar uma ajuda. Confesso, tal como toda a população deveria confessar, que esse bem-estar interior nos aumenta o ego, nos valoriza pessoalmente. Confessa, sociedade, não há generosidade!
E tu, companheiro das conversas (in)coerentes, o que achas da sociedade?
DanielaPeralta
E tu, companheiro das conversas (in)coerentes, o que achas da sociedade?
DanielaPeralta
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